Fundo ACBL - Arquivo da Casa de Belmonte

Tombo com as várias renda... Tombo de 1807

Zona de identificação

Código de referência

PT/FCC/ ACBL

Título

Arquivo da Casa de Belmonte

Data(s)

  • 1499-2015 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

c. 136 cxs. (c. 30 m.l.)

Zona do contexto

Nome do produtor

Nome do produtor

Figueiredo. Família (1499-1655) (1499-1655)

História biográfica

Nome do produtor

Figueiredo Cabral. Família (1655-1762) (1655-1762)

História biográfica

Nome do produtor

Figueiredo Cabral da Câmara. Família (1726-1805) (1726-1805)

História biográfica

Nome do produtor

Figueiredo Cabral da Câmara. Família (1910- ) (1910-)

História biográfica

História custodial e arquivística

A história do Arquivo da Casa de Belmonte liga-se essencialmente ao percurso da família Figueiredo Cabral da Câmara e permanece na sua posse desde o final do século XV (1499) até aos nossos dias.
O núcleo fundamental deste arquivo, e o mais antigo, pertence à linhagem dos Figueiredos chamados por alguns genealogistas «escrivães da Fazenda», ou ainda como «Senhores de Ota». Servindo a Coroa provavelmente desde os tempos da fundação do reino, é marcante no século XV Henrique de Figueiredo, escrivão da Fazenda de D. Afonso V e de D. João II. Do seu filho primogénito, Rui de Figueiredo escrivão da Fazenda de D. Manuel,descende o ramo da linhagem que vem a coligir a documentação.
Em 1722, elabora-se um primeiro inventário ou tombo que incorpora a descrição detalhada da origem, rendimentos e encargos de cada propriedade, cada capela, vínculo.
Em 1807 o descendente directo destes Figueiredos, Vasco Manuel de Figueiredo Cabral da Câmara, manda fazer um novo inventário do arquivo e um tombo de todas as suas propriedades, terras, foros e rendas. A possível partida para o Brasil – que acabou por se confirmar -, confere a este documento um carácter de importância fulcral na gestão do património e herança simbólica familiar.
O arquivo terá permanecido no reino e, depois do regresso da família, continuou a ser acrescentado nas gerações seguintes. Com a lei da extinção dos morgadios e a consequente divisão de propriedades, a documentação foi dividida pelos membros da família, consoante a propriedade herdada. Uma parte regressará, por herança e já no final do século XX, ao tronco principal da família e uma pequena parte foi comprada.
O Acervo tem sido alvo de reorganização e trabalho de investigação desde os anos 90 do século XX e tem sido recuperada alguma documentação dentro do meio familiar.
Continuando na posse da família, o Arquivo da Casa de Belmonte permanece também um arquivo aberto e é acrescentado sempre que se justifica.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

A documentação existente neste arquivo relaciona-se maioritariamente com a gestão das propriedades, morgados e capelas pertencentes à família. O documento mais antigo conservado data de 1499 e acumulação de documentos verifica-se até aos dias de hoje.
A documentação corresponde à gestão de propriedades em Ota (chamada Quinta de Ota, originalmente prazo foreiro ao convento de Odivelas;acrescentada ao longo de tempo com terras adquiridas por compra e por heranças); Lobagueira (actualmente chamada Encarnação, Mafra, compreendendo casas de morgado, terras e igreja com respectivo padroado); Lisboa (Casa e morgado do Castelo; Casas em vários locais da cidade e quintas nos seus arredores ligados a diferentes morgados e capelas; palácio da Boa Hora, construído no século XVIII hoje inexistente); Seixal (quintas e terras de um morgado feminino); Belmonte (Casas e castelo; Capela de Nossa Senhora da Piedade na Igreja de S. Tiago em Belmonte; alcaidaria mor; terras: Entr'águas, Serôdio, Colmeal, quinta Cimeira, quinta do Meio, quinta das Olas, quinta dos Trigos, quinta do Espírito Santo; quinta do Monte; Ínguias; Carvalhal, Malpica,Massaínhos, Orjais, , Aldeia do Mato, Gonçalo,Peraboa, Ferro, Dominguizo, Alcaria,Rei Fernando, Pereiras); Castanheira (Terras) Vila Franca de Xira (terras); Serpa (herdade da cabeça de Azinho, Herdade de João Pereira),Cartaxo (Quinta das Laranjeiras); Montemor o Novo-Lavre (Herdade de S. Lourenço do Outeiro), Carregado (Quinta do Carregado; quinta de Monte de Loyos, quinta da Especendeira - também chamada Brandoa ou Bordalia).
A Casa tem ainda a Capela da Barreteira na vila de Maçãs de D. Maria (por mercê do príncipe regente de 1807, composta de terras, olivais e hortas), A alcaidaria mor da Sertã e Pedrógão e as seguintes comendas: S. Pedro de Merelim, S. Salvador de Castelões, S. João Baptista de Sinfães, S. Tiago de Besteiros e S. Pedro de Babe. Tem ainda um foro à comenda do Vale em Santarém. Desde o século XVI é proprietária da donataria dos Maninhos da Covilhã.

Encontramos neste arquivo documentos de compra e venda, emprazamentos, arrendamentos, sentenças judiciais, mas também testamentos, escrituras de dote e casamento e correspondência vária. Existem também tombos de comendas, certidões de vários tipos. Para além disso existem mapas, livros de contas, recortes e impressos vários e fotografias. A esta documentação estão igualmente ligados objectos como pintura, escultura e um altar portátil.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

O Arquivo está fisicamente disposto de forma diversa. Uma parte da documentação descrita (maioritariamente entre 1499 e 1807) está numerada e colocada em caixas também numeradas, segundo uma divisão funcional e cronológica. À outra parte da documentação foi atribuída uma cota topográfica. Esta foi colocada em caixas numeradas.
O total de caixas identificadas e contendo documentação descrita é de 136.
Permanece por identificar, descrever, organziar e classificar a restante documentação, que inclui algumas dezenas de caixas e dossiers.

Zona das condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Está sujeita a autorização e disponibilidade da família.

Condiçoes de reprodução

Mediante autorização da família.

Idioma do material

Script do material

Cota(s)

Características físicas e requisitos técnicos

Alguns documentos estão em mau estado de conservação pelo que o seu manuseamento é muito condicionado.

Instrumentos de descrição

Índice de 1722.
Índice de 1807.
Índice de 1997;
Índice actualizado (elaboração em curso).

Zona da documentação associada

Existência e localização de originais

Existe um conjunto de cartas de D. João IV a Rui de Figueiredo de Alarcão que pertenciam ao Arquivo e que se encontam hoje no Arquivo Nacional da Torre do Tombo sob a cota: Manuscritos da Livraria, n.ºs 2713 e 2714.

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Related descriptions

Nota de publicação

SAMPAYO, Luís de Mello Vaz de - Subsídios para uma biografia de Pedro Álvares Cabral. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1971. Separata da Revista da Universidade de Coimbra, vol. XXIV (1971). (Utilizou vários documentos deste arquivo para este estudo).

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "Estudo de um Arquivo Familiar. Problemas e métodos de investigação". In CONGRESSO INTERNACIONAL, 3, Arcos de Valdevez, 2012 - Casa Nobre, um património para o futuro: actas. Arcos de Valdevez: Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Universidade do Minho, 2013. (Disponível em linha em https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/).

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII). Lisboa: [s.n.], 2007. Tese de mestrado.

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Pedro de Figueiredo (1657-1722) – Uma Biografia. Porto: Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna do Porto, 1999.

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e – “O Arquivo da Casa de Belmonte: o que tempo (ainda) não apagou”. In ROSA, Maria de Lurdes (ed.) - Arquivos de Família, sécs. XIII - XX: que presente, que futuro? Lisboa: IEM, CHAM, Caminhos Romanos, 2012, p. 491-506.


Zona das notas

Nota

Nota ao elemento de informação "Dimensão e suporte": O arquivo encontra-se em organização, pelo que o número de UI's poderá ser alterado.

Identificadores alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso - assunto

Pontos de acesso - lugares

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação e revisão

2014-08-08; 2015-06-25.

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "Estudo de um Arquivo Familiar. Problemas e métodos de investigação". In CONGRESSO INTERNACIONAL, 3, Arcos de Valdevez, 2012 - Casa Nobre, um património para o futuro: actas. Arcos de Valdevez: Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Universidade do Minho, 2013. (Disponível em linha em https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/)

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "O Arquivo da Casa de Belmonte: o que tempo (ainda) não apagou". In ROSA, Maria de Lurdes (ed.) - Arquivos de Família, sécs. XIII - XX: que presente, que futuro? Lisboa: IEM, CHAM, Caminhos Romanos, 2012, p. 491-506.

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII). Lisboa: [s.n.], 2007. Tese de mestrado.

Nota do arquivista

Criado por Maria João da Câmara.

Zona da incorporação