Nota ao elemento de informação "Data(s)": não é referida a datação no inventário, mas existem duas notas a lápis assinadas muito provavelmente pelo seu autor e datadas de 13 e 14 de julho de 1862.
Publicado
Parcial
Preliminar
Não se encontra datado, mas é provável que tenha sido organizado por volta de 1862 por mandado de D. Maria Luísa da Costa Carvalho Patalim Sousa e Lafetá, a irmã do 7.º conde de Soure, e do seu marido, D. José Luís Gonzaga de Sousa Coutinho Castelo Branco e Meneses, 15.º conde de Redondo. Há duas notas a lápis (p. 129 e 131), assinadas por F. Machado, que datam de julho desse mesmo ano e dão conta de alguns sumários em falta por não se terem achado os documentos com os respetivos números; a letra parece ser bastante homogénea ao longo de todo o inventário, podendo ter sido ele o seu autor.
Sumaria mais de 657 documentos, agrupados em maços, organizados segundo a localização, o tipo de documento, o assunto ou a família a que dizem respeito: Lisboa (mç. 1 e 2), Lafetás (mç. 3), Cascais (mç. 4), Alentejo (mç. 5), Morgado na ilha de S. Miguel (mç. 6), Monte Agudo (mç. 7), Coleginho (mç. 8), Azambujeira (mç. 9 e 10), sentenças (mç. 11), capelas (mç. 12), Portela, Bolonha, Aldeia Galega da Merceana, Loures (mç. 13); pergaminhos (mç. 14) e públicas-formas em pergaminho (mç. 15). No índice deste inventário foram acrescentadas as entradas “Maço 16 - Bairro Alto” e “Maço 17 - Escrituras e vários documentos”, mas os seus documentos não foram descritos. Também as páginas onde deveriam estar inventariados os diplomas do segundo maço referente à Azambujeira estão em branco. Em alguns locais do inventário, é feita referência a escrituras em falta porque foram para o escritório da administração Bastos (p. 225 e 227). Por isso, conclui-se que a catalogação não chegou a ser terminada.
Os restantes maços foram descritos, um a um. No seu interior, as entradas estão, geralmente, ordenadas cronologicamente. Os sumários são muito completos e a maioria apresenta a data, remetendo para documentação produzida entre 1357 e 1849 (havendo referências indiretas a documentos de 1851). Por vezes, são descritos conjuntos de documentos e, nesses casos, nunca é indicada qualquer data.
Provavelmente produzido em 1862, este livro e a documentação da Casa de Soure devem-se ter mantido na posse da família dos condes de Redondo, que herdaram as propriedades e a representação do título do 7.º conde de Soure. Desconhecemos parte da história custodial deste documento. É provável que Fausto Figueiredo o tenha comprado para a sua coleção. O manuscrito foi depois comprado à Sociedade Civil Amaral de Figueiredo pelo Banco de Portugal, em 1972, em conjunto com as obras da biblioteca deste colecionador.
Na mesma coleção, o manuscrito F.F.- M61, intitulado "Relação dos documentos existentes no cartório da Casa de Soure e dos bens e rendimentos desta Casa", com 24 p., parece ter sido uma cópia parcial ou um rascunho da unidade em descrição.