Considerámos o início da família no ano de 1458, data do testamento de Inês Vasques em que é fundado o morgadio do Canidelo, com nomeação do primeiro administrador na pessoa de João Álvares Ribeiro, sobrinho daquela; e o termo da mesma pelo ano de 1565, data aproximada do casamento da única filha do quarto administrador (bisneto em varonia directa do primeiro), com Francisco Ferreira Furtado de Mendonça, morgado de Argemil e Fajozes, em cuja casa o morgadio do Canidelo passa a estar inserido. As referências documentais a Inês Vasques situam-na como mulher de um rico mercador do Porto, Álvaro Afonso Dinis (desde c. 1411), primeiro; após a morte deste, c. 1428 contraiu casamento numa família de extracto mais elevado, os Sás, ligados à alcaidaria-mor da cidade. A ausência de filhos de ambos os matrimónios levou ao benefício de vários sobrinhos, entre os quais João Alvares Ribeiro, filho de seu irmão Álvaro Fernandes Ribeiro. Este é nomeado em 1459 como escudeiro e criado da Rainha d. Isabel, já falecida; em 1490 surge já como cavaleiro da casa do Rei, naquela que é a última menção conhecida. Não existem dados adicionais sobre o casamento com Brites Pinto, mas na geração seguinte a inserção nas famílias ligadas à vereação e ao desempenho de cargos administrativo é clara, nomeadamente com Francisco Ribeiro, vereador e juiz dos órfãos por várias vezes, nas duas primeiras décadas do século XVI; o genro de Fernão Ribeiro, Pedro de Andrade, foi também juíz dos órfãos no mesmo período. Na 4ª geração de administradores, o morgado Fernão Ribeiro designa-se como “fidalgo”, ao contrário dos seus antecessores, cavaleiros da Casa Real. O casamento da única filha fez-se numa família fidalga da região do Porto, com vastas propriedades, ao que tudo indica de um extracto social superior. Os morgadios assim reunidos entrarão cinco gerações mais tarde na família de Diogo Pereira Forjaz Coutinho, pai da viscondessa de Vila Nova de Souto del Rei (por casamento) que herdará os bens por morte sem descendentes do seu único irmão.
O morgadio do Canidelo e a sua documentação entram na casa do 3º Visconde de Vila Nova de Souto del Rei após a junção com esta da Casa do Conde da Feira, Miguel Pereira Forjaz Coutinho, por morte sem descendência do titular, irmão da Viscondessa
O morgadio do Canidelo e a sua documentação entram na casa dos Condes da Feira por herança da avó deste, Luísa Teresa da Câmara e Meneses, descendente dos Ferreiras Furtados de Mendonça (indica-se a data da titulação)
Fernão Ribeiro é o segundo administrador do morgadio do Canidelo.
Filipa de Sousa é a mulher do segundo administrador do morgadio do Canidelo