Figueiredo. Família (1499-1655)

Zona de identificação

Tipo de entidade

Família

Forma autorizada do nome

Figueiredo. Família (1499-1655)

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Figueiredos Escrivães da Fazenda
  • Senhores de Ota

Forma normalizada do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) do nome

identificadores para entidades coletivas

Zona da descrição

Datas de existência

1499-1655

História

locais

status legal

funções, ocupações e atividades

Mandatos/Fontes de autoridade

Estruturas internas / Dados biográficos e genealógicos

A família Figueiredo terá tido origem em Guesto Ansur, nos tempos da Reconquista. No século XIII encontramos Soeiro Martins de Figueiredo, que viveu pelos anos de 1260, servindo a D. Afonso II, do qual descenderia Gonçalo Garcia de Figueiredo, fidalgo da Casa de D. Pedro I. Gonçalo Garcia de Figueiredo – que, segundo os genealogistas, teria sido aio do infante D. João , filho de D. Pedro e de D. Inês de Castro – recebeu, desde os anos 70 do século XIV, entre outras mercês, o castelo da Feira.
Das notícias de que dispomos sobre a linhagem dos Figueiredos do reinado de D. João I, foram confiscados os bens da Coroa a Aires Gonçalves de Figueiredo, filho primogénito de Gonçalo de Figueiredo, no decurso da crise de 1383-85 . Reconciliando-se depois com o monarca, segundo os genealogistas, Aires Gonçalves de Figueiredo ficou «servindo nas guerras com Castela», obtendo novas doações e posteriormente a restituição de várias terras e senhorios. Aires Gonçalves foi ainda aio do infante D. Henrique .
O filho primogénito de Aires Gonçalves de Figueiredo foi Gonçalo de Figueiredo, cuja descendência entrou para o serviço da Casa de Bragança, acabando por fazer parte da sua rede clientelar. Quanto ao filho segundo de Aires de Figueiredo, João Lourenço de Figueiredo, em 1469 era alcaide-mor da Covilhã, altura em que recebeu, por mercê de D. Afonso V, um privilégio para os seus caseiros . Ao mesmo tempo que encontramos referências a vários elementos da linhagem que exerceram cargos militares, existem indicações de que alguns membros da família desempenharam também ofícios palatinos. Refira-se, por exemplo, o caso de Gomes de Figueiredo, que foi comendador na Ordem de Santiago e «muito privado delRey D. Afonso V», provavelmente em consequência do exercício dos cargos palatinos de guarda-roupa, armador-mor e camareiro. Em 1481 terá exercido o ofício de «contador de Odiana» e depois foi «Provedor de Entre o Tejo e Odiana» .
Do filho secundogénito de João Lourenço de Figueiredo, Henrique de Figueiredo, o qual exerceu cargo de escrivão da fazenda de D. Afonso V e de D. João II e dele descende o ramo desta linhagem. Segundo Manso de Lima, em 1476 Henrique de Figueiredo esteve nas Côrtes de Lisboa, foi embaixador e em 1490 foi encarregue das festa de casamento do Príncipe D. Afonso. O filho primogénito de Henrique de Figueiredo, presumivelmente nascido no último quartel de Quatrocentos, foi Rui de Figueiredo, o “fundador” deste ramos da linhagem, que herdou o cargo de escrivão da Fazenda.
Rui de Figueiredo é o produtor de um dos documentos mais antigos que se conservam no Arquivo da Casa de Belmonte. Por esta razão consideramos a data deste documento - 1499 - como uma data fundadora do fundo da Casa de Belmonte. Assumimos igualmente 1655 como data extrema, por ser a data do casamento de um dos descendentes de Rui de Figueiredo com uma senhora da linhagem dos Cabrais, que viria depois a revelar-se fundamental na constiuição da Casa e do nome, no século XVIII.

contexto geral

Zona das relações

Entidade relacionada

Figueiredo Cabral da Câmara. Família (1910- ) (1910-)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

Descrição da relação

Entidade relacionada

Figueiredo Cabral da Câmara. Família, Condes de Belmonte (1805-1910) (1805-1910)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

Descrição da relação

Entidade relacionada

Figueiredo Cabral. Família (1655-1762) (1655-1762)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

Descrição da relação

Entidade relacionada

Figueiredo Cabral da Câmara. Família (1726-1805) (1726-1805)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

Descrição da relação

Zona do controlo

Identificador da descrição

identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas das descrições (criação; revisão)

2015-01-27; 2015-06-25.

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII). Lisboa: [s.n.], 2007, p. 36-38. Tese de mestrado.

SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e- Pedro de Figueiredo (1657-1722) – Uma biografia. Porto: Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família, Universidade Moderna do Porto, 1999.

Notas de manutenção

Criado por Maria João da Câmara.