Coleção GAV - Gavetas

Inventário da documentaçã...

Zona de identificação

Código de referência

PT/TT/ GAV

Título

Gavetas

Data(s)

  • 1101 - 1986 (Produção)

Nível de descrição

Coleção

Dimensão e suporte

264 mç. (25 gavetas); em suporte papel e perg.

Zona do contexto

Nome do produtor

Arquivo Nacional da Torre do Tombo ([13--?] - ) ([13--?] -)

História administrativa

A Torre do Tombo é uma das instituições mais antigas do país. Foi instalada, provavelmente durante o reinado de D. Fernando, numa das torres do castelo de Lisboa. Até 1755 funcionou, essencialmente, como Arquivo do rei e da administração régia. Era, contudo, solicitada pelos particulares e pelas instituições para passar certidões, facultar a consulta e o empréstimo de documentos, mediante a autorização régia. Na sequência do terramoto de 1755, a documentação recuperada foi, em 1757, instalada numa parte do edifício do Mosteiro de São Bento da Saúde e foi reorganizada.
Após a implantação do liberalismo, a Torre do Tombo passou a ser designada, em 1823, Arquivo Nacional ou Real Arquivo da Torre do Tombo. Foi chamada a desempenhar funções de âmbito muito mais alargado, passando a incorporar documentos dos arquivos dos extintos tribunais do Antigo Regime (em 1821 e 1833) e dos cartórios das corporações religiosas extintas (em 1834). Se até 1823 o Arquivo esteve sobretudo sujeito ao Conselho da Fazenda, a partir dessa data e até 1887 esteve dependente da Direção Geral da Instrução Pública do Ministério do Reino.
Em 1911, foram reorganizados os serviços das bibliotecas e dos arquivos dependentes da Direção Geral da Instrução Secundária, Superior e Especial; passou a denominar-se definitivamente Arquivo Nacional, acentuando-se a sua função de conservação e valorização dos manuscritos destinados ao estudo da História.
Nos últimos cem anos, o Arquivo Nacional cresceu significativamente com a integração de diversos serviços de arquivo: o Arquivo dos Feitos Findos (em 1915), o Arquivo dos Registos Paroquiais, acumulando as funções de Arquivo Distrital de Lisboa (desde 1918 até 1992), o Arquivo das Congregações (em 1930), o Arquivo Histórico do Ministério das Finanças (em 1992) e, mais recentemente, o serviço de Lisboa do Centro Português de Fotografia (2007). Deram igualmente entrada múltiplos documentos provenientes de diversas instituições públicas e de arquivos senhoriais ou pessoais, muitos deles adquiridos por compra.
Em 1931, o Arquivo Nacional foi designado por Arquivo Geral. Passou a estar técnica e administrativamente sujeito à Inspeção das Bibliotecas Eruditas e dos Arquivos, que, em 1965, ficou sob tutela da Direção Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, do Ministério da Educação.
Desde 1985, o Arquivo Nacional encontra-se dependente do Ministério da Cultura, embora com autonomia administrativa. Em 1988 foi criado o Instituto Português de Arquivos, mantendo-se em funções até 1992, ano em que foi fundido com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, tomando este o nome de Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (AN/TT). Depois de 1990, uma vez transferido para o edifício construído na Alameda da Universidade para albergar o Arquivo, ocorreram novas incorporações, nomeadamente, em 1992, com a entrada da documentação das Secretarias de Estado, seguidas de muitas outras aquisições.
Em 1997, passou a ser designado Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e, em 2007, voltou a ser novamente designado Arquivo Nacional da Torre do Tombo, constituindo-se como arquivo de âmbito nacional na dependência da Direção Geral de Arquivos.
Em 2012, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo passou a ser um serviço da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (que resultou da fusão da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas com a Direção-Geral dos Arquivos), ao qual foi novamente agregado o Arquivo Distrital de Lisboa.
[Este texto segue a descrição disponível no sítio Web do ANTT, citado em “Fontes”]

História custodial e arquivística

No antigo Arquivo Real, os diplomas eram arrumados nas Gavetas. Cada uma continha documentos relativos a um determinado assunto de Estado, e dele recebia a sua designação (por exemplo: forais, testamentos, tratados, sentenças, morgados, entre outros). A nomenclatura caiu em desuso e, atualmente as Gavetas são referenciadas por números. Algumas das primitivas gavetas passaram a constituir séries autónomas (como a dos Forais e a dos Morgados). [Este texto segue a descrição disponível no DigitArq do ANTT, citado em "Fontes"]

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Contém documentos de origem diversificada, em grande parte de carácter oficial: forais, testamentos, sentenças, instituição de morgados, tratados. Possui igualmente documentação diversa referente a questões ultramarinas como o comércio e navegação nas costas africanas, o tráfico de escravos, bulas e breves sobre missionação, tratados sobre a divisão dos mares e terras descobertas entre Portugal e Espanha, correspondência de funcionários régios, nomeadamente do Estado da Índia, a posse das Molucas e a situação do Brasil sob o domínio filipino.
Esta coleção integra ainda a célebre carta de Pêro Vaz de Caminha, relatando a chegada dos portugueses ao Brasil (o primeiro documento português a ser inscrito pela Unesco como Património Mundial, no âmbito do seu Programa Registo da Memória do Mundo, em 29 de julho de 2005). [Este texto segue a descrição disponível no DigitArq do ANTT, citado em "Fontes"]

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Ordenação numérica das "gavetas", das unidades de instalação e dos documentos.

Zona das condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Cota(s)

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

AZEVEDO, Pedro A. de, BAIÃO, António — "Documentos e livros da antiga Casa da Coroa". In O Arquivo da Torre do Tombo: sua história, corpos que o compõem e organização. Lisboa: ANTT, Livros Horizonte, 1989, p. 23-30. (Reprodução fac-similada da edição de 1905)

PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo — "Gavetas". In PINA, Isabel Castro, SANTOS, Maria Leonor Ferraz de Oliveira Silva – Guia de Fontes Portuguesas para a História de África. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações Portuguesas, Fundação Oriente, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2000, vol. 3, p. 61-62.

PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo — "Gavetas". In PINA, Isabel Castro, SANTOS, Maria Leonor Ferraz de Oliveira Silva, LEME, Paulo — Guia de Fontes Portuguesas para a História da América Latina. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações Portuguesas, Fundação Oriente, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001, vol. 2, p. 218.

PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo — "Gavetas". In OLIVAL, Fernanda, PINA, Isabel Castro, HENRIQUES, Maria Cecília, BRANCO, Maria João Violante – Guia de Fontes Portuguesas para a História da Ásia. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações Portuguesas, Fundação Oriente, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1998, vol. 1, p. 97-98.

PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo. Direção de Serviços de Arquivística — "Gavetas". In MATTOSO, José [et al.] (coord.) — Guia Geral dos Fundos da Torre do Tombo: Instituições do Antigo Regime, Administração Central (1). Lisboa: IAN/TT, 1998, vol. 1, p. 64-65.

SERRÃO, Joel; LEAL, Maria José da Silva; PEREIRA, Miriam Halpern — "Gavetas da Torre do Tombo". In Roteiro de Fontes da História Portuguesa Contemporânea: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, col. de Ana Maria Cardoso de Matos e Maria de Lurdes Henriques. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1984, vol. 1, p. 235-236.

[Outros instrumentos de descrição (inventários, catálogos e índices) são apresentados no DigitArq do ANTT (ver "Fontes")].

Zona da documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

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Zona das notas

Identificadores alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso - assunto

Pontos de acesso - lugares

Ponto de acesso - nome

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.

DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação e revisão

2014-08-11; 2015-05-14.

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - DigitArq [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . [Consult. 11, ag. 2014]. Col. GAV - Gavetas. Disponível em WWW: < URL: http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4185743 >.

Nota do arquivista

Criado por Filipa Lopes.

Zona da incorporação

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