Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1500 - 1900 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
Após a implantação do liberalismo, a Torre do Tombo passou a ser designada, em 1823, Arquivo Nacional ou Real Arquivo da Torre do Tombo. Foi chamada a desempenhar funções de âmbito muito mais alargado, passando a incorporar documentos dos arquivos dos extintos tribunais do Antigo Regime (em 1821 e 1833) e dos cartórios das corporações religiosas extintas (em 1834). Se até 1823 o Arquivo esteve sobretudo sujeito ao Conselho da Fazenda, a partir dessa data e até 1887 esteve dependente da Direção Geral da Instrução Pública do Ministério do Reino.
Em 1911, foram reorganizados os serviços das bibliotecas e dos arquivos dependentes da Direção Geral da Instrução Secundária, Superior e Especial; passou a denominar-se definitivamente Arquivo Nacional, acentuando-se a sua função de conservação e valorização dos manuscritos destinados ao estudo da História.
Nos últimos cem anos, o Arquivo Nacional cresceu significativamente com a integração de diversos serviços de arquivo: o Arquivo dos Feitos Findos (em 1915), o Arquivo dos Registos Paroquiais, acumulando as funções de Arquivo Distrital de Lisboa (desde 1918 até 1992), o Arquivo das Congregações (em 1930), o Arquivo Histórico do Ministério das Finanças (em 1992) e, mais recentemente, o serviço de Lisboa do Centro Português de Fotografia (2007). Deram igualmente entrada múltiplos documentos provenientes de diversas instituições públicas e de arquivos senhoriais ou pessoais, muitos deles adquiridos por compra.
Em 1931, o Arquivo Nacional foi designado por Arquivo Geral. Passou a estar técnica e administrativamente sujeito à Inspeção das Bibliotecas Eruditas e dos Arquivos, que, em 1965, ficou sob tutela da Direção Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, do Ministério da Educação.
Desde 1985, o Arquivo Nacional encontra-se dependente do Ministério da Cultura, embora com autonomia administrativa. Em 1988 foi criado o Instituto Português de Arquivos, mantendo-se em funções até 1992, ano em que foi fundido com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, tomando este o nome de Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (AN/TT). Depois de 1990, uma vez transferido para o edifício construído na Alameda da Universidade para albergar o Arquivo, ocorreram novas incorporações, nomeadamente, em 1992, com a entrada da documentação das Secretarias de Estado, seguidas de muitas outras aquisições.
Em 1997, passou a ser designado Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e, em 2007, voltou a ser novamente designado Arquivo Nacional da Torre do Tombo, constituindo-se como arquivo de âmbito nacional na dependência da Direção Geral de Arquivos.
Em 2012, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo passou a ser um serviço da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (que resultou da fusão da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas com a Direção-Geral dos Arquivos), ao qual foi novamente agregado o Arquivo Distrital de Lisboa.
[Este texto segue a descrição disponível no sítio Web do ANTT, citado em “Fontes”]
Entidade detentora
História custodial e arquivística
Alguns manuscritos foram entregues à Biblioteca Nacional em 1996 e 2007: n.º 771, 2274 e 2266.
[Este texto segue a descrição disponível no DigitArq do ANTT, citado em "Fontes"]
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Esta coleção é constituída por manuscritos de dois tipos distintos: os que assumem as características de espécies de biblioteca e os que são claramente documentos de arquivo.
O primeiro conjunto é o mais vasto em número de volumes sendo de diversos géneros literários e sobre os mais diversificados assuntos e temas. Um número muito significativo são obras de carácter eclesiástico e de vivência religiosa. São também muitas as obras de poesia, as peças de teatro (tragédias e comédias), os textos apologéticos, as obras sobre o direito, leis e justiça, e sobre filosofia. Menos frequentes são os textos de carácter técnico e científico, encontrando-se algumas obras de medicina. Em maior número surgem os livros relacionados com o ensino, nomeadamente os textos didáticos, os dicionários e alguns estudos sobre línguas estrangeiras. A história, a genealogia, a heráldica, as biografias, as memórias e as crónicas são temas muito frequentes entre estes manuscritos. Há alguns romances, alguma literatura de viagens e alguns livros de autores clássicos (gregos e latinos). Os volumes dedicados à economia, ao comércio e à indústria existem em pequena quantidade.
O segundo conjunto de dimensão mais reduzida em número de volumes (c. 300 vol.) tem uma descrição sumária, muitos deles intitulados de miscelâneas, sem pormenorização ou informação genérica do conteúdo. Neste conjunto encontra-se muita correspondência de carácter diplomático. Existe também alguma documentação relativa ao governo e administração do reino (como despachos dirigidos ao Conde de Oeiras ou cartas dos governadores da província do Alentejo a D. João IV), sobre o período filipino e sobre a administração de territórios ultramarinos. Há documentação referente a questões de política interna, como sejam o abandono da regência por parte de D. Catarina ou a deposição de D. Afonso VI. Em relação aos cartórios conventuais é notória a presença de copiadores de correspondência, livros de capítulos gerais, registo de entrada de noviços, inventários de bens, registos de óbitos, assentamentos de receita e despesa, compromissos e estatutos de confrarias e irmandades. Inclui igualmente os documentos recolhidos, copiados e compilados pelo Visconde de Santarém, que abrangem um vasto período da história de Portugal, incidindo nas suas relações diplomáticas com as nações europeias, no que toca ao ambiente político-diplomático europeu e às questões dos territórios ultramarinos. Existem também, da mão do visconde de Santarém, documentos preparatórios das suas obras sobre política, diplomática e direito português.
Nesta coleção há livros manuscritos (códices que apresentam uma unidade física e intelectual; entendido como produto intelectual de um autor, organizado de forma estruturada, clara e inteligível); códices factícios (constituídos por conjuntos de documentos originariamente independentes, mas fisicamente reunidos numa mesma encadernação, sendo frequentemente compostos por documentos de arquivo descontextualizados e reunidos numa fase posterior à sua produção, por razões alheias ao seu processo de formação e obedecendo por vezes a critérios de agregação pouco coerentes); ou miscelâneas ("códices" constituídos por vários textos, com ou sem ligação temática entre si).
[Este texto segue a descrição disponível no DigitArq do ANTT, citado em "Fontes"]
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de organização
Zona das condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Cota(s)
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo. Direção de Serviços de Arquivística — "Manuscritos da Livraria". In FARINHA, Maria do Carmo Jasmins Dias [et al.] (coord.) — Guia Geral dos Fundos da Torre do Tombo: Colecções, Arquivos de Pessoas Singulares, de Famílias, de Empresas, de Associações, de Comissões e de Congressos. Lisboa: IAN/TT, 2005, vol. 6, p. 25-30.
[Outros instrumentos de descrição são apresentados no DigitArq do ANTT (ver "Fontes")].
Zona da documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Related descriptions
Zona das notas
Identificadores alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso - assunto
Pontos de acesso - lugares
Ponto de acesso - nome
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO — Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.