Ribeiro. Família, morgados do Canidelo (1458 - [c.1565])

Zona de identificação

Tipo de entidade

Família

Forma autorizada do nome

Ribeiro. Família, morgados do Canidelo (1458 - [c.1565])

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Álvares Ribeiro

Forma normalizada do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) do nome

identificadores para entidades coletivas

Zona da descrição

Datas de existência

1458 -[c.1565]

História

locais

status legal

funções, ocupações e atividades

Mandatos/Fontes de autoridade

Estruturas internas / Dados biográficos e genealógicos

Considerámos o início da família no ano de 1458, data do testamento de Inês Vasques em que é fundado o morgadio do Canidelo, com nomeação do primeiro administrador na pessoa de João Álvares Ribeiro, sobrinho daquela; e o termo da mesma pelo ano de 1565, data aproximada do casamento da única filha do quarto administrador (bisneto em varonia directa do primeiro), com Francisco Ferreira Furtado de Mendonça, morgado de Argemil e Fajozes, em cuja casa o morgadio do Canidelo passa a estar inserido. As referências documentais a Inês Vasques situam-na como mulher de um rico mercador do Porto, Álvaro Afonso Dinis (desde c. 1411), primeiro; após a morte deste, c. 1428 contraiu casamento numa família de extracto mais elevado, os Sás, ligados à alcaidaria-mor da cidade. A ausência de filhos de ambos os matrimónios levou ao benefício de vários sobrinhos, entre os quais João Alvares Ribeiro, filho de seu irmão Álvaro Fernandes Ribeiro. Este é nomeado em 1459 como escudeiro e criado da Rainha d. Isabel, já falecida; em 1490 surge já como cavaleiro da casa do Rei, naquela que é a última menção conhecida. Não existem dados adicionais sobre o casamento com Brites Pinto, mas na geração seguinte a inserção nas famílias ligadas à vereação e ao desempenho de cargos administrativo é clara, nomeadamente com Francisco Ribeiro, vereador e juiz dos órfãos por várias vezes, nas duas primeiras décadas do século XVI; o genro de Fernão Ribeiro, Pedro de Andrade, foi também juíz dos órfãos no mesmo período. Na 4ª geração de administradores, o morgado Fernão Ribeiro designa-se como “fidalgo”, ao contrário dos seus antecessores, cavaleiros da Casa Real. O casamento da única filha fez-se numa família fidalga da região do Porto, com vastas propriedades, ao que tudo indica de um extracto social superior. Os morgadios assim reunidos entrarão cinco gerações mais tarde na família de Diogo Pereira Forjaz Coutinho, pai da viscondessa de Vila Nova de Souto del Rei (por casamento) que herdará os bens por morte sem descendentes do seu único irmão.

contexto geral

Zona das relações

Entidade relacionada

Almada e Lencastre. Família, viscondes de Vila Nova de Souto del Rei (1780-[19-- ]) (1780-[19-- ])

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

1827

Descrição da relação

O morgadio do Canidelo e a sua documentação entram na casa do 3º Visconde de Vila Nova de Souto del Rei após a junção com esta da Casa do Conde da Feira, Miguel Pereira Forjaz Coutinho, por morte sem descendência do titular, irmão da Viscondessa

Entidade relacionada

Pereira Forjaz Coutinho. Família, condes da Feira (1820-1827) (1820-1827)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

1820

Descrição da relação

O morgadio do Canidelo e a sua documentação entram na casa dos Condes da Feira por herança da avó deste, Luísa Teresa da Câmara e Meneses, descendente dos Ferreiras Furtados de Mendonça (indica-se a data da titulação)

Entidade relacionada

Ribeiro, Fernão (flor. 1487-1496) (flor. 1487-1496)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

[c.1490]

Descrição da relação

Fernão Ribeiro é o segundo administrador do morgadio do Canidelo.

Entidade relacionada

Sousa, Filipa de (flor. 1487-1513) (flor. 1487-1513)

Identificador da entidade relacionada

Categoria da relação

família

Datas da relação

[c.1490]

Descrição da relação

Filipa de Sousa é a mulher do segundo administrador do morgadio do Canidelo

Zona do controlo

Identificador da descrição

identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.

DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas das descrições (criação; revisão)

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

Sobre Inês Vaz, casamentos e instituição do morgadio, cfr. Maria de Lurdes Rosa, O morgadio em Portugal sécs XIV-XV. Modelos e práticas de comportamento linhagístico, p. 227 ss, Lisboa, Ed. Estampa, 1995, p. 226 ss; sobre a entrada do morgadio na família Ferreira Furtado de Mendonça, e a história subsequente, Andreia Martins de Carvalho e Pedro Pinto, "Da caça de Mondragón à guarda do Estreito de Gibraltar (1508-1513): os guardiões da memória de Duarte Pacheco Pereira e a economia da mercê nos séculos XVI-XVII", Anais de História de Além-Mar, XIII (2012), pp. 221-332; referência de 1459 a João Alvares Ribeiro - figura como testemunha na abertura do testamento, "Livro do morgadio do Canidelo", BN, Reservados, Arquivo Almada Lencastre Basto, Secção ANTT, pasta 35, cx. 4, doc. 678, fl. 15v; para o mesmo, em 1490; TT, Chancelaria de D, João II, lvº 12, fl. 95v; para a inserção da família na oligarquia municipal do Porto, Maria de Fátima Machado, Os órfãos e os enjeitados da cidade e do termo do Porto (1500-158), Porto, Ed. do Autor, 2010, p. 55.

Notas de manutenção

Criado por Maria de Lurdes Rosa