Pessoa

Vasconcelos, João Mendes de ([?]-1541)

n. [?] - m. 1541

Fidalgo da Casa Real, foi embaixador de D. Manuel na corte dos Reis Católicos, tendo vivido em Castela longos períodos de tempo, entre 1505 e 1520. Foi do Conselho régio de D. Manuel e D. João III. Herdou o morgadio do Esporão, da mãe, Leonor Ribeiro da Fonseca, sobrinha bisneta da instituidora, Teresa Eanes da Fonseca (1427). É possível que tenha entrado na posse do morgadio no ano de 1489, quando os pais acrescentam o vínculo com as suas terças. Entre 1492 e 1498, segundo A. B. Freire, viveu exilado em Castela, em virtude do assalto ao castelo de Arraiolos, para vingar uma injúria feita a seu Pai ; mas a documentação mostra-o a comprar uma herdade em 1497, já era viúvo da primeira mulher. Casou duas vezes, primeiro com Joana de Sousa e depois com Briolanja de Melo, sendo as primeiras compras documentadas de ambos relativas ao ano de 1510. Em 1503 fizera as partilhas do bens do Pai, e em 1519 são feitas as da Mãe, sendo de tudo guardadas cuidadosamente as escrituras, depois juntas ao tombo. Com a segunda mulher funda, em 1530, uma sumptuosa capela na Sé de Évora, onde se enterrarão mais tarde, em 1541, ano da morte de ambos. Tem um filho do primeiro casamento, que herda os bens e em cuja linha masculina e primogenitural o morgadio se manterá por mais 3 gerações, até Francisco de Vasconcelos, 1º conde de Figueiró, que morre sem descendência.

Melo, Briolanja de ([c.1510]-1541) (n. [c.1510] - m.1541)

Vasconcelos. Família, morgados do Esporão (1489-1653) (1489-1653)

Távora, Luís Gonzaga de Lencastre e (1937-1993) (n. 1937 - m. 1993)

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.

DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Preliminar

Parcial

2014-11-12; 2015-06-25.

Sobre o acrescentamento das terças em 1489, cfr. TT, Casa de Abrantes, lvº 257- Tombo das escrituras dos bens de raiz e rendas do morgadio do Esporão e memorial delas, fl.68v-70; primeira referência à viuvez, cfr. idem, fl. 12; primeira referência ao segundo casamento, idem, fl. 13; partilhas do Pai e da Mãe, cfr. idem, fls. 12v. Para os restantes dados, Maria de Lurdes Rosa, O morgadio em Portugal, sécs XIV-XV. Modelos e práticas de comportamento linhagístico, Lisboa, Estampa, 1995, p. 224 e ss.; Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, 2ª ed., Lisboa, IN-CM, 1973 [reprodução fac-similada, 1996], vol. 1, p. 386 e ss.

Criado por Maria de Lurdes Rosa.